Em meio às atividades do Maio Amarelo, campanha que tem como objetivo alertar para a necessidade de conscientização sobre medidas capazes de reduzir o número de acidentes de trânsito, o Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio (Rio Ônibus), deu início a um esforço para chamar a atenção para a existência dos chamados “pontos cegos” — ângulos externos não refletidos pelos retrovisores — nos coletivos que circulam na cidade. A ideia é reduzir os casos de acidentes, sobretudo com motos. De acordo com o sindicato, são registradas entre 10 e 12 colisões entre motos e ônibus diariamente.
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Nos últimos dois anos, ainda segundo o Rio Ônibus, os casos aumentaram em 30% na cidade. Para tentar diminuir esses números, estão sendo instalados adesivos nas laterais e na traseira dos ônibus informando aos demais motoristas e, sobretudo, aos motociclistas sobre a existência dos pontos cegos. O aviso alerta para o fato de que, naquele ponto sinalizado, o motorista do ônibus pode não estar vendo todos os veículos no seu entorno.
— Esta é uma boa prática que ajuda a evitar colisões, lesões e mortes no trânsito e nos terminais de transporte coletivo, especialmente com os usuários mais vulneráveis. Outras cidades, como Fortaleza e Belo Horizonte, foram pioneiras na implementação dos adesivos e já estão colhendo os frutos. É fundamental que a ação seja monitorada para evidenciar os benefícios e inspirar outros operadores a seguirem este caminho — disse Guillermo Petzhold, coordenador de Transportes do WRI Brasil, instituição de pesquisa com atuação em projetos em mais de 50 países.
Além da nova sinalização do ponto cego, serão promovidas ações educativas com motociclistas sobre o assunto. Também serão promovidas atividades focadas na redução de acidentes voltadas para funcionários e lideranças das empresas de ônibus.
— As atividades visam engajamento da alta e média lideranças das empresas de ônibus da cidade. O setor está mais integrado a pautas de planejamento da mobilidade urbana da cidade, o que impacta positivamente nas estratégias do negócio e do dia a dia da operação – diz João Gouveia, presidente do Rio Ônibus.
