‘Não há, em 1ª análise, indício suficiente de prática de crime’, diz Polícia sobre morte de militar do Corpo de Bombeiros

Dayana Brasil e Luiz Felipe em viagem

Dayana Brasil e Luiz Felipe em viagem Reprodução

Após perícia e depoimento do policial militar Luiz Felipe Perozini, na manhã de segunda-feira, a Polícia Civil afirma, em nota, que “não houve, em primeira análise, indício suficiente de prática de crime” sobre a morte da bombeiro Dayana Brasil Tenório, de 40 anos. Felipe foi ouvido como testemunha por quatro horas na Delegacia de Homicídios, na Barra.

No depoimento prestado à polícia, Felipe explicou que estava dormindo no sofá quando Dayana o acordou para conversar sobre o relacionamento, o que gerou um “desentendimento entre o casal”. Durante a discussão, narrou Felipe, Dayana teria pegado a arma de fogo dele, apoiada no sofá. Os dois começaram a brigar pela arma, o que terminou em um disparo. A bala, de acordo com ele, o atingiu de raspão e alcançou o rosto de Dayanna, que morreu.

A Polícia Civil reforça que amigos e parentes de Dayana foram ouvidos na 34ª e “informaram não ter conhecimento de prática de violência doméstica entre o casal”, assim como não há registro de ocorrência ou evidência de que Dayana tenha sofrido algum tipo de agressão física por Felipe.

De acordo com a Polícia, Felipe chamou os vizinhos e a Polícia Militar para prestar socorro. Os telefones celulares do casal e a arma de fogo dele foram apreendidos pela Delegacia de Homicídios.

A nota também explica que um inquérito foi instaurado para “apurar profundamente todas as circunstâncias da morte” e que “novos depoimentos de testemunhas serão realizados, bem como coletas de documentos e demais laudos periciais, visando à reunião de elementos suficientes para se chegar a uma conclusão final sobre a definição jurídica do óbito de Dayana”.

Dayana Brasil Tenório e o namorado, Luiz Felipe Perozini, que é policial militar — Foto: Reprodução

Dayana Brasil Tenório e o namorado, Luiz Felipe Perozini, que é policial militar — Foto: Reprodução

‘Impossível ela ter atirado contra o próprio rosto’

O corpo de Dayana, que trabalhava como auxiliar de consultório dentário na 2ª Odontoclínica de Campo Grande, do Corpo de Bombeiros, foi enterrado nesta terça-feira, no Cemitério Jardim da Saudade de Sulacap, na Zona Oeste do Rio.

Alan Tenório, de 42 anos, primo de Dayana, diz que ela não teria se matado, diferentemente da versão apontada pelo companheiro da vítima. Segundo ele, a família aguarda o andamento das investigações.

— A gente espera a investigação. Dayana era uma menina muito vaidosa, impossível ela ter atirado contra o próprio rosto. Estou juntando forças para falar, para repercutir. Dayana não se matou — afirma Alan durante o velória da militar, que é realizado nesta terça-feira.

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Segundo ele, Dayana era uma mulher reservada e independente e não era do conhecimento da família possíveis brigas entre ela e Luiz Felipe. Alan, no entanto, conta que o cabo da Polícia Militar tinha muito ciúmes da companheira, o que motivava brigas.

— Ele não demonstrava isso, porém, por trás, havia algumas brigas. Ele era muito ciumento. Tinha ciúmes da família, dos amigos, das amigas. Mas a Dayana nunca expôs a vida dela. Se houve briga, ela resolveu no particular. A família não tem conhecimento dessas coisas.

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