Surto de sarna atinge jovens da Fundação Casa em São Paulo

Adolescentes da Fundação Casa, em São Paulo, durante dia especial de prática de atividades físicas – Rivaldo Gome

Falta de condições sanitárias e de cuidados com as roupas dos educandos teriam originado a crise
Ao menos seis unidades da Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) registraram, nas últimas semanas, casos de jovens infectados com sarna. O quadro já vem sendo tratado como um surto por servidores de órgãos que monitoram o funcionamento da instituição paulista.
Apenas na cidade de São Paulo já foram identificados casos nas unidades Jardim São Luiz, Rio Paraná, Rio Tâmisa e Chiquinha Gonzaga —esta última também acolhe gestantes e recém-nascidos. Há suspeitas de que a doença tenha chegado a outros centros, mas os casos ainda aguardam confirmação.
Há, ainda, queixas sobre a demora no atendimento médico: um dos jovens que recebeu o diagnóstico de sarna teve que esperar cerca de um mês por uma consulta após começar a sentir coceiras.
A existência do surto de sarna é confirmada pela Defensoria Pública de São Paulo. O órgão afirma que já vem solicitando providências junto à Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da capital paulista e à corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo que acompanha os jovens.
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Também chamada de escabiose, a sarna humana é altamente contagiosa. Ela é provocada por um ácaro que se aloja sob a pele e provoca lesões e coceiras quando se move. Sua transmissão se dá por meio de contato com uma pessoa infectada ou até mesmo por meio de roupas contaminadas.
No caso da Fundação Casa, a demora na tomada de providências tem gerado preocupação entre pessoas que acompanham os jovens, tanto pela possibilidade de ampliação do contágio quanto pelo prolongamento do sofrimento daqueles que são acometidos pela doença.
Procurada pela coluna, a Fundação Casa afirma que identificou apenas 12 casos de sarna humana em todo o estado nos últimos meses. A instituição ainda diz que os enfermos receberam tratamento e am bem, e que já foram adotadas as medidas sanitárias cabíveis para evitar novos casos.
“A fundação também determinou a revisão de todos os procedimentos de higiene e saúde nos seis centros onde os casos foram registrados e instaurou uma apuração preliminar para esclarecer todos os fatos relacionados a essas ocorrências”, diz a instituição, em nota.
“A lavagem das roupas dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa segue um rigoroso processo de higienização”, completa a fundação, que diz seguir o Manual de Processamento de Roupas de Lavanderia da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Já a Corregedoria Permanente dos Programas de Atendimento Socioeducativo da Capital, que está vinculada ao Tribunal de Justiça de São Paulo, diz que tem acompanhado os protocolos adotados pela Fundação Casa para garantir o controle da doença e a saúde dos educandos.
“Entre elas estão tratamento médico, troca diária de roupas íntimas, de cama e de banho (e higienização das mesmas), higienização dos ambientes e colocação em quarentena dos educandos infectados”, afirma o órgão, em nota.
Evento do Grammy Latino em São Paulo
As cantoras Maria Rita e Giulia Be participaram da terceira edição do Best New Artist Showcase, evento promovido pela Academia Latina da Gravação, responsável pelo Grammy Latino. A celebração ocorreu na noite de quarta (12), no Rooftop do Shopping Light, na região central de São Paulo.
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