Semana da Enfermagem é celebrada de 12 a 20 de maio

São Paulo, 14 de maio de 2025 — A Semana da Enfermagem, comemorada de 12 a 20 de maio, homenageia duas figuras fundamentais dessa profissão. Primeiro, Florence Nightingale, nascida em 12 de maio de 1820, uma visionária que revolucionou os cuidados hospitalares e deu origem à enfermagem moderna. E, também Anna Nery, a primeira enfermeira brasileira, que atuou como voluntária em hospitais durante a Guerra do Paraguai, sendo reconhecida por sua dedicação no cuidado aos feridos. Anna Nery faleceu em 20 de maio de 1880.
No Brasil, mais de 3,2 milhões de enfermeiros, registrados nos 27 Conselhos Regionais de Enfermagem do país, atuam como verdadeiros heróis anônimos que vão muito além de istrar medicamentos e monitorar sinais vitais. Esses profissionais criam conexões humanas, acolhem com empatia e transformam a ciência em uma ponte para o bem-estar de milhões de brasileiros. Em muitas instituições, eles representam entre 60% e 70% do atendimento ao paciente.
A história de Florence Nightingale, que reduziu a mortalidade de 42% para apenas 2% ao aplicar medidas simples, como a lavagem das mãos, durante a Guerra da Crimeia, em 1854, demonstra o poder de ações que parecem pequenas, mas salvam vidas. Hoje, essa prática é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das mais eficazes na prevenção de infecções hospitalares.
Dados da OMS — Organização Mundial da Saúde (2022) — revelam que, em países de baixa e média renda, de 7 a 10 em cada 100 pacientes hospitalizados adquirem uma infecção relacionada à assistência à saúde. No Brasil, até 14% das internações podem evoluir para infecções da corrente sanguínea, pneumonia associada à ventilação mecânica e infecções do trato urinário relacionadas ao uso de cateteres.
Em um relatório mais recente, divulgado em 2024, a OMS destaca que a taxa de infecções hospitalares no Brasil é quase três vezes superior ao recomendado pela instituição, atingindo até 14% entre os pacientes internados, enquanto a recomendação da OMS é de 5%.
Outro fato preocupante é a resistência aos antibióticos, que causa 1,27 milhão de mortes diretas e indiretas anuais no mundo, além de contribuir para mais de 4,19 milhões de outras mortes.
Valorizar a enfermagem é garantir a segurança do paciente. Profissionais bem treinados, valorizados e envolvidos nas decisões estratégicas das instituições de saúde são essenciais para elevar a qualidade do cuidado. Como destaca Alessandra Roscani, enfermeira e Diretora de Comunicação da SOBRASP, “a cultura da segurança deve ser prioridade em todas as instituições de saúde. A prevenção de infecções está diretamente ligada à qualidade do cuidado, e a enfermagem é protagonista nesse processo.”
A cultura da segurança deve ser prioridade em todas as instituições de saúde. “A prevenção de infecções está diretamente ligada à qualidade do cuidado, e a enfermagem é protagonista nesse processo”, finaliza Alessandra.
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