Aumento de casos de coqueluche gera alerta; bebês são a faixa etária mais afetada

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), emitiu um alerta sobre o aumento expressivo de casos de coqueluche neste ano. Até o momento, o estado contabilizou 106 casos, um salto de 5.200% em comparação com apenas duas ocorrências registradas em 2023. O aumento coloca 2024 como o ano com maior incidência da doença desde 2014, quando houve a última morte por coqueluche no estado.

De acordo com a Dive, crianças com menos de um ano de idade são as mais afetadas, com 38 casos confirmados. As regiões que registraram o maior número de infecções são Foz do Rio Itajaí (29 casos), Médio Vale do Itajaí (20) e Grande Florianópolis (21). João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive, atribui o aumento ao ciclo sazonal da doença, que pode ser influenciado pela baixa cobertura vacinal e a melhora no diagnóstico laboratorial com a adoção do exame PCR.

 

Em agosto, dois bebês de apenas dois meses de idade morreram devido à doença em Santa Catarina. Os casos ocorreram em Itajaí, no dia 20, e em ville, no dia 27. Nenhuma das crianças havia sido vacinada.

A vacinação é a principal medida de prevenção contra a coqueluche. Em 2014, foi lançada a vacina dTpa para gestantes, que visa ar anticorpos para o bebê até que ele complete o esquema vacinal com a vacina pentavalente. Apesar disso, a cobertura vacinal da pentavalente em Santa Catarina está em 88,87% até outubro, abaixo da meta anual de 95%. Em 2023, o estado alcançou 91,47%.

A Secretaria da Saúde reforça a importância da vacinação para gestantes e para todas as crianças, seguindo o calendário nacional de imunização, como forma eficaz de conter a propagação da doença.

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