A procura pelo menino que desapareceu na praia da Barra, na altura do Posto 4, na quinta-feira ada, conta ainda com ajuda de helicópteros

As buscas pelo menino Édson Davi, de 6 anos, que desapareceu entre 16h30 e 17h do dia 4 de janeiro, entraram no sétimo dia nesta quinta-feira. O Corpo de Bombeiros do Rio ou a usar também a chamada câmera termográfica , um equipamento capaz de mostrar diferentes temperaturas em um ambiente, região ou mesmo de pessoas.
A principal hipótese da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) é que o menino tenha sofrido um afogamento, mas a polícia segue apurando todas as hipóteses, tentando esgotar a linha investigativa de rapto.
Na quarta-feira, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros conseguiu localizar a família de argentinos que esteve com Édson Davi antes no dia em que desapareceu, na praia da Barra, na altura do Posto 4, na última quinta-feira. Após analisarem imagens fornecidas pelo Centro de Operações Rio (COR), os agentes conseguiram identificar e localizar a família de estrangeiros que brincaram com a criança horas antes dela desaparecer. A polícia também já descartou a possibilidade de que o menino tenha sido sequestrado. A principal linha de investigação, segundo a Delegacia de Descobertas de Paradeiros(DDPA), é que Édson Davi tenha entrado no mar e se afogado.
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O pai do casal de crianças argentinas que brincaram com Davi na praia foi ouvido pela polícia. Aos agentes, ele afirmou ter se reconhecido nas imagens e disse que jogou bola por 20 minutos com o menino. Depois, o homem, que estava acompanhado da mulher e de três filhos, disse que foi para a cadeira dele e seguiu para o hotel.
Enquanto isso, segue a angustiante espera de Marize Araújo, mãe do menino Édson Davi, e de toda a família, por notícias sobre o paradeiro do menino. Ela conta que sua preocupação aumentou ao tomar conhecimento, segundo ela na Cidade da Polícia, que a câmera do Posto 4 da Praia da Barra, justamente o trecho onde Édson teria desaparecido, não estaria funcionando na quinta-feira ada. A prefeitura informa que todas as imagens disponíveis foram entregues e que, eventualmente, um ou outro equipamento pode sair de operação momentaneamente por questões técnicas.
— Conversei com os agentes na sexta quando estive na Cidade da Polícia. Eles disseram que infelizmente a câmera do Posto 4 que seria fundamental para ver o que aconteceu com meu filho, não funciona. A prefeitura diz que sim, mas a polícia não conseguiu ver. Isso é muito triste. A cada dia que a é uma tortura sem notícias. Estou vivendo um pesadelo. Dias de terror. Não consigo comer, dormir e nem trabalhar. Toda vez que fecho os olhos, fico imaginando meu filho preso em algum lugar pedindo ajuda. Só Deus para acalmar meu coração — lamentou Marize.
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O pai do menino, que tem uma barraca na praia, reafirma que não acredita na hipótese de afogamento e sim que alguém tenha levado a criança.
— Faz quase cinco dias que meu filho desapareceu. É uma angústia muito grande. A nossa esperança é que essas imagens ajudem a polícia a entender o que aconteceu. Pior do que ter a certeza de que tenha acontecido algo de ruim, é a dúvida de não saber onde ele está — lamentou Edson Santos Almeida, pai de Édson Davi. A polícia diz não descartar qualquer hipótese.
Testemunhas viram criança no mar
Três testemunhas ouvidas pela polícia afirmaram ter visto Édson Davi entrando pelo menos duas vezes no mar, segundo mostrou o RJ1 da TV Globo. Um funcionário da barraca do pai do Davi contou que era comum o menino brincar com outras crianças na praia e ir se limpar na água. Ele detalhou ainda que Davi tinha o hábito de molhar os pés na beira do mar. No dia em que desapareceu, apesar de todos os avisos de mar com correnteza, o funcionário detalhou aos agentes que se recordava de ter visto, pelo menos uma vez, Davi entrando no mar. E que naquele momento, chamou a atenção da criança para se afastar da água por ser perigoso.
Ele afirmou ainda que Edson Santos, pai de Davi, estava muito atarefado com os clientes no dia e, por isso, não teria visto a criança se afastar e ir até a água. O dono de um quiosque fica próximo à barraca dos pais de Davi, disse também em depoimento ter visto a criança entrar, ao menos, três no mar.